domingo, 27 de janeiro de 2013

out of my life

me forcei a aceitar aquele convite. me forcei como quem é forçado a encontrar uma pessoa por quem não sem empatia. mas, na situação, a força era para lutar contra mim mesma e contra tudo aquilo que me empurrava para frente - ao mesmo tempo que me puxava para trás. um jantar a dois. comida japonesa, vinho branco. horas de conversas despretensiosas em uma mesa isolada de um restaurante central. nada íntimo, nada casual. um longo caminho de volta para o hotel, descalços, na areia da praia. sorrisos, brincadeiras, toques sutis. uma amizade perfeita se houvesse sentimento recíproco da mesma amizade. "let's go to my room, yours is way too hot". e mais horas de conversa se sucedem a esta colocação. pijamas, cobertor, luzes apagadas. e o sono silencioso e tranquilo trouxe a certeza de uma amizade mais do que assexuada: fraternal. um dia seguinte regado de lágrimas, chuva e mar revolto. muita água para um coração só. e é quando eu me entrego ao bom e velho whisky para conseguir ser fraca e covarde o suficiente para conseguir dizer: "i'm sorry. i can't play this friend thing anymore. i'm not that strong." - e chorando todas as minhas dores termino por dizer: "i need to forget you, so i need you out of my life."